A importância da Cultura Maker para a Educação

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por Fernando Cardoso - Coordenação Pedagógica Escola Viva

Saiba mais sobre a importância da Cultura Maker na educação. Na Escola Viva, o Maker já faz parte do currículo. Coloque a "mão na massa"!

Estudante manuseando um cabo preto sobre uma mesa. Ao redor, estilete, canetas coloridas, durex., demonstrando a importância da cultura maker para a educação. — Alunos trabalhando no Laboratório Maker da Escola Via

Já não é novidade que as escolas têm se reinventado diariamente para promover experiências significativas a alunos e alunas.

Desde 2015, o Laboratório Maker da Escola Viva proporciona a seus estudantes a experiência de colocar a “mão na massa” para problematizar, investigar, descobrir, aprender e construir projetos autorais.

Você sabe o que é Cultura Maker e qual é a sua importância para a educação?

Dominar a linguagem escrita, o pensamento lógico-matemático e o contato com múltiplas linguagens. Adquirir novas competências cognitivas e corporais. Investigar a complexidade das relações sociais. Afinal, esses são exemplos de algumas das experiências que fazem parte da formação, pois colaboram na construção de referenciais de vida e na capacidade de viver em sociedade.

Na Escola Viva, os objetivos pedagógicos e educacionais visam uma ampla formação cultural. Estimulam o desenvolvimento da sensibilidade e da capacidade para lidar com o plural e o diverso. Preparam para o trabalho colaborativo, evidenciando a importância da responsabilidade pessoal. Assim como exercitam as ações, a flexibilidade e a criatividade para lidar com situações adversas.

A abordagem construtivista estimula a investigação, o pensamento crítico, a autonomia e a colaboração desde a Educação Infantil até o Ensino Médio. O ‘aprender fazendo’ é uma grande estratégia. Na Escola Viva, o Maker é uma das metodologias que compõem nossas estratégias de ensino-aprendizagem.

Cultura maker: você sabe o que é?

Mas, afinal, o que é o Maker e qual é a sua importância?

O termo Maker vem do Inglês To make = Fazer! Em outras palavras, colocar a mão na massa.

Este fazer vai muito além de construir algo sozinho utilizando um material inovador e tecnológico.

Essa tal de tecnologia…

Sendo assim, a Cultura Maker fala de um fazer criativo e coletivo. O desafio está em aguçar o interesse, a curiosidade e a criatividade dos estudantes. Motivá-los a encontrar, de forma colaborativa, a informação e os materiais necessários. Dessa forma, conectá-los a um conjunto de saberes que articulam teoria e prática, garantindo mais sentido e significado ao que se está aprendendo.

A importância da Cultura Maker para a Educação

O Maker é uma metodologia contemporânea que possibilita o aprendizado significativo, pois no Laboratório Maker, o estudante aprende fazendo.

Cultura Maker: que bicho é esse?

Aprender construindo, projetando, prototipando ou programando. Assim, o estudante, de Educação Infantil a Ensino Médio, descobre que o conhecimento em si é necessário, mas o que se consegue articular e construir com este conhecimento pode ser muito mais potente e revelador.

Os projetos acontecem entre os martelos, furadeiras, parafusos, tintas, impressora 3D, cortadora a laser e diversos outros materiais alternativos. Os laboratórios seguem o movimento da democratização do acesso a tecnologias de prototipagem e fabricação, pois os espaços são, por essência, o lugar para a materialização de ideias e seus projetos.

A aula Maker é uma poderosa ferramenta de expressão e criação, dentro do contexto tecnológico em que todos estamos inseridos.

Uma Sala Maker na Escola Viva

Desde 2015, a Escola Viva conta com espaços dedicados à Cultura Maker, nas unidades do Fundamental e do Ensino Médio.

Uma sala Maker na Escola Viva?

A Aula Maker faz parte da grade curricular, pois acreditamos que experimentando projetos e investigações, estudantes e professores constroem novas relações com a tecnologia e passam, portanto, de consumidores a autores e criadores de coisas tecnológicas.

O Maker pode compor com qualquer área do conhecimento. As aulas não contemplam, necessariamente, apenas componentes tecnológicos, eletrônicos ou digitais, pois os projetos utilizam também materiais relacionados a marcenaria e sucatas, por exemplo.

Como vocês já sabem, Sustentabilidade é um assunto importante na Escola Viva.

O que é um FabLab?

O FabLab é um convite para a experimentação. Alunos e alunas são desafiados a usar novas ferramentas para criações que envolvam arte, textos, matemática, música, ciência, robótica ou conserto de algum objeto.

Uma curiosidade: você sabia que todos os plásticos usados para impressão 3D na Escola Viva são do tipo PLA?
E você sabe o que são plásticos PLA? São polímeros sintetizados a partir de amidos, como do milho, mandioca, beterraba ou cana de açúcar e, por serem de origem orgânica, são biodegradáveis.

'How to make almost anything'

Esse é o lema que norteia o movimento Maker, sendo também foco de as mais recentes pesquisas em educação no mundo por instituições como USP, Stanford, MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) e Fundação Lemann.

Mas, por que a frase em inglês? - podem estranhar as famílias da Escola Viva - Porque, na sala Maker, pela internet, estudantes e professores se conectam com estudantes, educadores, empreendedores, cientistas e projetos espalhados pelo mundo todo.

Dessa forma, a Cultura Maker também permite que o processo de ensino-aprendizagem ganhe contornos globais!

A sala de aula muito além da sala de aula. O estudante preparado para a Sala de Aula no Exterior.

Qual é a importância da Cultura Maker para a Educação

A Cultura Maker estimula o desenvolvimento de diversas habilidades e competências, pois incentiva a imaginação, a invenção e a recriação. O Maker exercita a colaboração, a investigação e o reconhecimento de problemas do mundo real. Sendo assim, a experiência da “mão na massa” promove a oportunidades para que os estudantes se arrisquem a resolvê-los.

Desse modo, nas experiências Maker, o estudante interage com professores, com as pessoas que compõem o espaço escolar, com os ambientes, com seus pares e com os objetos. Afinal, acertando, errando e aprendendo com os erros, o pesquisador constrói redes de saberes e compartilha experiências.

Além de todos esses benefícios, na cultura Maker, tudo o que é criado pode ser replicado, multiplicado e recriado. O ensino democrático que garante um trabalho consciente e sustentável. A Escola Viva pratica a sustentabilidade no seu dia a dia.

Afinal, a prática maker não deve ficar restrita ao Espaço Maker. Certamente, o exercício da “mão na massa” pode explorar (e explora) outros espaços, circula por outros saberes, favorecendo, dessa forma, a prática da interdisciplinaridade.

Além da produção de projetos autorais, o Maker aguça no estudante o olhar inovador, pois a prática motiva nossos curiosos estudantes na busca de soluções criativas para problemas inusitados e complexos.