Como as famílias podem colaborar para o processo de alfabetização das crianças em tempos de pandemia

Veja como a Escola Viva desenvolveu novas práticas pedagógicas que atendessem às necessidades do ensino hoje, dando continuidade ao processo de desenvolvimento das crianças.

Por Bianca Laurino

A alfabetização é, sem dúvida, um dos temas de maior relevância e complexidade para a educação básica. Ainda que a passagem da Educação Infantil para o Ensino Fundamental represente um importante momento de sistematização e consolidação de muitos dos percursos que levam à alfabetização, as crianças iniciam este processo logo cedo, desde que começam a perceber e querer entender o mundo a sua volta. 

Trata-se de um longo processo de formação continuada, que não possui um momento específico de início e, muito menos, de fim. Cada criança, em sua singularidade, possui suas próprias condições e, por isso, também seu próprio ritmo. Às vezes, o que é simples para uma criança é bem mais complicado para o seu colega e vice-versa. 

Se o ato de alfabetizar sempre foi um grande desafio para as professoras e professores, com a pandemia e o distanciamento físico esse desafio ganhou novos contornos – e ainda mais intensidade. Tanto as famílias quanto as escolas preocuparam-se e prestaram especial atenção à questão.

Identificando e entendendo a importância do assunto, a equipe da Escola Viva desenvolveu, ao longo de 2020, uma série de estratégias para fazer com que as aulas remotas e a falta de contato presencial não significassem grandes perdas ou atrasos na alfabetização de seus alunos e alunas. 

Para que a alfabetização seja plena, adaptações e readaptações nas práticas pedagógicas sempre fizeram parte do planejamento escolar da Viva, tanto por conta de questões individuais de cada aluno, quanto por especificidades da turma ou do contexto. Com o distanciamento social e a necessidade do ensino a distância, isso não foi diferente, ainda que no início todos tenham sido surpreendidos. 

A alfabetização não se resume apenas a ensinar as crianças a ler e escrever corretamente. Mais do que isso, alfabetizar significa também ajudá-las a desenvolver habilidades expressivas relacionadas à linguagem e à cultura escrita, por meio da construção de noções e significados sociais comuns. 

A fluência na comunicação escrita depende, em grande parte, da confiança conquistada pela criança em suas capacidades de compreensão e expressão através do texto, o que só vem com a prática e com o conhecimento sistemático dos diferentes gêneros textuais. Por isso, a literatura e o contato com outras formas expressivas são fundamentais à alfabetização, pois além de servirem como motores deste processo, desenvolvem a imaginação e criatividade, estimulando a sensibilidade das crianças. 

Daniela Munerato, coordenadora pedagógica da Educação Infantil e do Ensino Fundamental I da Escola Viva, conta que, com o passar dos meses, os professores e professoras da Viva foram se reinventando e criando novas soluções metodológicas e didáticas que atendessem às condições de ensino e aprendizagem atuais – e, claro, dessem continuidade ao projeto pedagógico da escola. 

Muitas situações cotidianas despertam a curiosidade e o interesse dos pequenos em investigar e exercitar maneiras de se expressar textualmente. Aproveitar-se mais ainda dessas situações, vividas pelas crianças diariamente, foi uma das estratégias encontradas para fazer com que as crianças fossem estimuladas e enxergassem sentido nos conhecimentos construídos em aula. Neste novo cenário em que a vida ficou muito mais restrita ao ambiente domiciliar, uma simples lista de supermercado pendurada na geladeira, por exemplo, tornou-se um potente objeto de estudo.

Ao serem convidadas a participar da elaboração da lista de compras, as crianças são, ao mesmo tempo, desafiadas em termos linguísticos e convidadas a participar das atividades do dia-a-dia. Daniela conta também que depois, em grupos reduzidos, os estudantes tiveram a oportunidade de compartilhar com os colegas suas experiências, com a ajuda e mediação das professoras. O que tem na lista de compras de cada uma das casas? Quais itens se repetem e quais se distinguem? Como se escreve “chuchu”? E “goiabada”?

É exatamente nesse tipo de situação que as famílias podem participar do processo de alfabetização dos pequenos, em colaboração com a escola. Dependendo da faixa etária, diferentes propostas podem ser sugeridas, como escrever que alimentos foram comidos no almoço ou ler uma receita de bolo na internet antes de prepará-lo. Também é possível aproveitar-se das músicas e canções que as crianças gostam de escutar, ler a letra e descobrir novas palavras. 

O desenvolvimento de habilidades de leitura e escrita é gradual. O equilíbrio entre introduzir novos elementos e se aprofundar nas referências já apresentadas às crianças é primordial. É preciso que os alunos e alunas sejam desafiados, mas é preciso também que os novos desafios sejam apresentados no momento certo, compatíveis com as condições de avanço de cada criança no momento.

A Viva guarda a certeza de que apesar de todas as dificuldades e restrições que a falta de convívio presencial trouxe, 2020 não foi um ano perdido. As aprendizagens, bem como a alfabetização, são frutos de processos contínuos, que não se cessam. O ano letivo de 2021 ainda será organizado de forma híbrida, combinando aulas presenciais com encontros remotos, e a equipe da Viva está pronta para receber os alunos e alunas novamente. 

Diferentemente do início do ano passado, desta vez o contexto já era conhecido e houve tempo hábil para se preparar. Diante das soluções encontradas ao longo de 2020, foi possível experimentar, testar e aprimorar as novas práticas pedagógicas, de acordo com as necessidades do presente.

A boa formação do conjunto professores e professoras dá a garantia de que, junto às famílias, será possível continuar oferecendo uma formação de qualidade aos alunos e alunas da Viva. Ainda não faz parte de nossa comunidade? Entre em contato e venha conhecer a Escola Viva!


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