por Anita Galvão, assistente de coordenação de Inglês e professora de Inglês na Educação Infantil
Quando as famílias procuram uma escola para seus filhos e filhas, muitas questões são levantadas: a metodologia, o espaço físico, a proximidade da residência, os profissionais, amigos e amigas, entre outras. Hoje em dia, um dos aspectos de relevância é o ensino da língua inglesa.
Mas é possível aprender inglês em uma escola que não seja bilíngue?
Para responder a essa questão, precisamos entender como se estrutura o currículo escolar e qual é, exatamente, a definição do sujeito bilíngue.
O currículo escolar é pautado na BNCC (Base Nacional Comum Curricular), que aborda o estudo da língua inglesa como possibilidade dos alunos e alunas ampliarem horizontes de comunicação e de intercâmbio cultural, científico e acadêmico, abrindo novas trilhas para a construção do conhecimento e a participação social. A BNCC também traz o reconhecimento e o respeito às diferenças, questionando-se o conceito de inglês-padrão e usando-se a perspectiva do inglês como língua franca (uso social da língua).
A Língua Inglesa tem como eixos organizadores: oralidade, leitura, escrita, conhecimentos linguísticos e gramaticais e dimensão intercultural.
Afinal, o que é um sujeito bilíngue?
Há uma ideia bastante disseminada de que um sujeito bilíngue é aquele que possui habilidades equivalentes nas duas línguas, todavia, esta maneira de definir um sujeito bilíngue tem sido questionada por pesquisadores da atualidade.
A língua é um elemento vivo que usamos com objetivos distintos e é por meio dela que agimos no mundo, por isso, precisamos olhar para além da estrutura gramatical e do vocabulário, percebendo que língua e cultura estão totalmente relacionadas.
Para ser um sujeito bilíngue é necessário saber se relacionar com o outro através da língua, utilizando os conhecimentos adquiridos, o repertório linguístico e a bagagem cultural que cada um carrega dentro de si.
[...] o que interessa nesse conceito não é o modo pelo qual as habilidades linguísticas são adquiridas e acumuladas ao longo do tempo pelo sujeito; ao invés disso, a expectativa é de que seja possível o resgate de como, por meio de experiências emocionais e corporais, situações dramáticas ou recorrentes de interações com o Outro se tornaram parte do repertório linguístico do sujeito, seja devido a atitudes linguísticas implícitas ou explícitas e a padrões habituais de práticas linguísticas. (BUSCH, 2015, p. 9).
A partir dos 3 anos de idade, alunos e alunas da Escola Viva têm aulas de inglês todos os dias, e, para tornar a aprendizagem significativa, costuramos o currículo da Língua Inglesa com o currículo de outras áreas do conhecimento, assim, essa língua deixa de ser estrangeira, tornando-se uma ferramenta importante para a construção de uma base sólida de conhecimento.
A partir da arte, da literatura e da cultura da infância, costuramos com cores, música e poesia o currículo da Educação Infantil. Brincando, as crianças exploram o corpo, sons, ritmos e fonemas que utilizamos para construir nosso repertório linguístico. As crianças interagem com e pela Língua Inglesa, de uma forma orgânica e engajada, e têm no faz de conta todo o apoio para poder brincar, aprender e ampliar a sua maneira de se comunicar.
No Ensino Fundamental e Ensino Médio, o uso da língua para fins de comunicação se mantém como um princípio fundamental da proposta pedagógica.
Destacamos os seguintes eixos de trabalho para que o(a) aluno(a) desenvolva a sua competência comunicativa nos diversos âmbitos da vida:
Com um currículo bem estruturado e situações de comunicação autênticas, alunos e alunas têm a oportunidade de interagir com a língua e a cultura a partir de diversas linguagens, tornando a aprendizagem significativa, por isso, podemos concluir:
Sim, é possível aprender inglês em uma escola que não seja bilíngue!
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A importância da excelência em inglês na escola