Ao longo da vida escolar, os estudantes enfrentam diferentes desafios próprios de cada etapa. Novos ciclos representam novas responsabilidades, correspondentes às potencialidades e características de cada faixa etária.
foto de arquivo - SiV - Simulação Interna Viva
Construir autonomia é imprescindível para os desafios no ingresso no Ensino Superior ou na vida profissional.
São muitos os caminhos possíveis ao final da Educação Básica. Ingressar na faculdade é, sem dúvida, um dos maiores desejos. Por isso, o papel da escola é ajudá-los na elaboração de estratégias para concretizá-lo.
foto de arquivo - sala de aula EM
A forma como a escola prepara para as provas de vestibular é determinante, não apenas quanto aos conteúdos curriculares, mas também no que se refere às outras diversas dimensões envolvidas.
Muitos elementos influenciam essa fase de descobertas e difíceis decisões: vontades pessoais, projeções familiares, pretensões profissionais, pressões financeiras, aspirações intelectuais...
O Ensino Médio não consiste apenas em um período transitório entre a escola e a universidade; é parte fundamental do processo de formação, quando muitos aprendizados são consolidados.
foto de arquivo - estudo do meio - Brasília
A formação integral combina o desenvolvimento de competências e habilidades para enfrentar as questões complexas da vida em sociedade com a preparação para bons resultados no vestibular.
Quanto mais sólido o projeto educacional - delineando com clareza a necessidade de concordância entre rigor acadêmico e a capacidade de conectar os saberes científicos com a realidade social do estudante - maiores as chances de oferecer itinerários formativos consistentes e coerentes.
A oferta de opções para o Ensino Superior é diversificada. Universidades públicas, privadas, federais, estaduais, municipais e até mesmo estrangeiras são alternativas cada vez mais almejadas pelos estudantes.
O ENEM (Exame Nacional de Ensino Médio) é, hoje, uma das portas de entrada para grandes faculdades brasileiras. Além dele, outros exames, como a Fuvest (USP) e a Comvest (Unicamp) são importantes avaliações que determinam parcela considerável dos esforços dos estudantes nesta fase.
Para além dos conteúdos curriculares e das habilidades específicas cobradas nas avaliações - a redação do ENEM, por exemplo - outras competências devem ser desenvolvidas. Provas longas e desafiadoras requerem preparação física e emocional, controle do nervosismo, estratégias de resolução de questões e, principalmente, confiança.
Orientar os jovens na construção da confiança e autonomia é indispensável na preparação para as avaliações externas.
Na perspectiva da educação integral, a construção de conhecimentos por parte de seus próprios sujeitos - os estudantes - acontece pela articulação de distintos saberes e experiências, que exercitam e desenvolvem diferentes capacidades.
Conhecimentos artísticos ajudam no desenvolvimento de raciocínio lógico e matemático; atividades físicas colaboram com a concentração; a literatura ilustra aspectos sobre a história; músicas tornam mais fácil o entendimento político; e a análise de paisagens biológicas coopera com os estudos geográficos, por exemplo.
foto de arquivo - VivaFest
Os estudantes devem ter a capacidade de relacionar saberes e informações, extrapolando os campos disciplinares, organizar e apresentar seus pensamentos, a partir do domínio argumentativo, construir e testar hipóteses, duvidar e contestar verdades estabelecidas.
foto de arquivo - SiV - Simulação Interna Viva
Uma das grandes missões da escola é colaborar para que os estudantes ampliem suas capacidades de organização e de tomada de decisões. O rigor acadêmico vem, em parte, da consciência sobre como se aprende e para que servem os conhecimentos construídos.
Para obter bons resultados, eles devem aprender a estudar. O exercício da autonomia só é efetivo quando se sabe organizar seu tempo, estabelecer rotinas de estudo e formas de documentação dos conteúdos, pesquisar e buscar informações para suas dúvidas.
A produção de conhecimentos contextualizados é outro aspecto importante para o desenvolvimento integral e, assim como a autonomia, deve ser fortalecido ao longo do processo de escolarização, chegando, no Ensino Médio, a seu período de maior expressão.
O Ensino Médio possui um grande potencial transformador, permitindo que os conhecimentos tratados em sala de aula sejam contextualizados de maneira mais concreta.
Quanto mais perto de se formar, mais os jovens estão interessados em aproximar-se da realidade vivida fora dos muros da escola, tornando-se sujeitos capazes de questionar o mundo e a si próprios.
foto de arquivo - atividade no estudo do meio Sertão Nordestino
Para além dos conteúdos, certamente imprescindíveis, é preciso que os adolescentes se apropriem dos próprios procedimentos de estudo. Isso não significa, no entanto, que os conhecimentos formais devem ser deixados de lado.
Um dos grandes desafios de uma escola crítica é encontrar o equilíbrio entre o domínio da informação e a contextualização de seus saberes, o que depois permite que o estudante use seus conhecimentos com autonomia, criando suas próprias conexões e análises.
Para além de entender o mundo, a educação crítica busca construir, junto aos alunos e alunas, instrumentos para transformá-lo.
foto de arquivo - reunião virtual Fórum Faap